Mexilhão dourado na bacia do Rio Araguari é tema de seminário
18/04/2022
O mexilhão dourado tem sido objeto de preocupação e trabalho no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari), uma vez que se trata de uma praga que causa problemas ambientais e econômicos em todos os locais em que se instala. Para dialogar sobre a disseminação e o controle da praga, o Comitê, por meio do Grupo de Trabalho Mexilhão Dourado, realizou no dia 12 de abril, de forma online, um Seminário Técnico com o tema “Os desafios para o controle do avanço do Mexilhão Dourado na Bacia Hidrográfica do Rio Araguari”.
O evento contou com a participação de especialistas na área de controle e disseminação do mexilhão dourado, que falou sobre as consequências para a economia e meio ambiente. Cada um dos convidados trouxe diferentes aspectos sobre a praga, com o intuito de conscientizar, informar e apresentar planos de controle e combate para a discussão.
Graduada em ciências biológicas, mestre em ciências naturais e pesquisadora da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), Hélen Mota foi a primeira palestrante. Ela apresentou um histórico do mexilhão, seus impactos e o controle da espécie nas usinas da Cemig. “O mexilhão dourado é muito observado nas tubulações e é obstrutor. A praga tem grande impacto no meio ambiente e na economia, pois se incrusta e têm uma enorme capacidade de proliferação”, disse.
A bióloga mostrou também o Plano Nacional de Controle dessa praga e as novas técnicas que estão sendo estudadas para prevenção, controle e monitoramento. “Temos um projeto em andamento que estuda novos materiais através da bioengenharia e biologia molecular para detecção dessas espécies invasoras e para determinar locais com maiores chances de invasão e proliferação do mexilhão”. Ainda de acordo com Hélen, as bacias de Minas Gerais têm níveis altos de risco para a dispersão da praga e exige medidas de combate e controle.
O Mestre em engenharia civil e especialista em educação ambiental, Guilherme Coelho Melazo, explicou que “as ações preventivas são muito importantes para o atual cenário, visto que após o estabelecimento das colônias do mexilhão, passamos para um grau muito elevado de dificuldade para o combate e controle da espécie”.
A professora e Doutora em Biologia da Universidad Nacional del Nordeste (UNNE), Natália Andreia Silva, apresentou estudos sobre o Megaleporinus obtusidens, peixe popularmente conhecido pelo nome de Piapara, como uma possível espécie predadora do mexilhão dourado.
Encerrando o seminário, a professora e Doutora em administração pública e governo, Tamara Ilinsky Crantschaninov, apresentou o método de Planejamento de Projeto Orientado por Objetivos (Método Zopp) e como ele pode ser utilizado como instrumento de planejamento colaborativo no controle e combate do mexilhão dourado. “Parte do processo ZOPP é fazer uma construção da cadeia causal, pois muitas vezes o que chamamos de problema pode ser uma causa ou consequência de outro problema. É importante entendermos o nosso foco para fazer análise dos fatores e do problema central que vamos tentar solucionar”, explica a professora.
O GT Mexilhão Dourado vai propor ao plenário do CBH Araguari métodos de controle da praga na bacia.
Assessoria de Comunicação CBH Araguari
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto: Lara Freitas
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