Os planos para a implantação de viveiros de mudas na bacia do Rio Araguari e a visita feita ao Horto Municipal de Ibiá, que aconteceu em setembro, foram temas da reunião do Grupo de Trabalho Fomento a Viveiros de Mudas do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (CBH Araguari), realizada de forma online, no dia 04 de outubro.

Durante a reunião o Grupo de Trabalho alinhou as ideias e compartilhar considerações sobre o que foi visto na visita técnica. “Além de conhecer a estrutura vigente, fizemos questionamentos para podermos fazer melhores apontamentos para o CBH Araguari”, relatou a coordenadora do GT, Sandra Graciele Pereira.

O Horto Municipal de Ibiá foi um projeto concebido pelo CBH Araguari, em parceria com a Abha Gestão de Águas. Vale ressaltar que o fomento a viveiros de mudas é uma das ações previstas no Plano Plurianual de Aplicação dos recursos da cobrança pelo uso da água, no Programa de Impacto na Quantidade da Água.

Entre as análises, foram pontuadas questões como a estrutura do local, a forma de armazenamento de sementes, técnicas de irrigação, material utilizado para o plantio de mudas, ergonomia, entre outras características relevantes. O GT definiu, por exemplo, que os saquinhos de plástico não são ideais para o plantio e que o melhor recipiente seria o tubete.

Outro assunto abordado foi referente ao questionário enviado aos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Araguari que teve como objetivo a coleta de informações para diagnosticar a situação e quantidade de hectares das áreas de preservação ambiental (APPs) conservadas ou degradadas, tamanho da demanda por mudas para recuperação dessas áreas, entre outras questões pertinentes para os planos do GT. As respostas do questionário apontaram um grande déficit de dados como número de hectares de APPs preservadas ou degradadas, ou quantidade de mudas necessárias para recuperação dessas regiões.

"Precisamos melhorar inclusive essa questão das informações e elaborar programas para que os municípios, juntamente com produtores rurais, façam recuperação das áreas de preservação permanente”, sugeriu a coordenadora Sandra Pereira.

O GT também dialogou sobre o retorno do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que faz parceria com o GT Fomento a Viveiros, no que se refere ao pedido do grupo para a criação de um novo viveiro. A instituição relatou não ter condições para criar um espaço. “Nosso foco é reestruturar viveiros já existentes na região”, disse o representante do Instituto, Tiago Moreira de Oliveira. O grupo de trabalho solicitou, então, uma emissão oficial sobre a não interesse por parte do IEF na construção do viveiro na região do Triângulo Mineiro.

Por fim, foi determinado que a coordenadora Sandra fará um relatório final contendo todas as informações coletadas pelo grupo ao longo das reuniões e o projeto seguirá para a responsabilidade da Câmara Técnica de Planejamento. 

Assessoria de Comunicação CBH Araguari